SUPA
Há mais de uma década a enriquecer a paisagem musical portuguesa, Supa constrói sets que desafiam géneros — oscilando entre o visceral e o cerebral —, convidando o público a abandonar rótulos e simplesmente sentir. As suas misturas, tão espontâneas quanto assertivas, são um compromisso com o futuro, rejeitando sempre revivalismos.
Supa não pertence à primeira geração de DJs femininas do Porto, mas é uma das fundadoras do primeiro coletivo de género da cidade a afirmar-se nas cabines de clubes nacionais, a Grrrl Riot. É também membro fundador da Thug Unicorn, um evento pioneiro em Portugal de inspiração pós-moderna, com foco em questões sociais e políticas, que percorreu o país desde festivais de arte até aos clubes mais underground, deixando uma marca indelével no conceito de clubbing nacional.
De uma versatilidade rara, tem no currículo partilha de cabine com DJs consagrados como Helena Hauff ou John Talabot, DJs da nova escola como Simo Cell, ISAbella ou Sherelle, mas também com artistas sonoros e performers de música exploratória como Steven Warwick, Invernomuto e Ice Boy Violet, provando que a fronteira entre o clássico e a vanguarda é um limbo onde se sente confortável.
Já passou por várias cabines do país, do Passos Manuel ao Plano B no Porto, do Lux ao Outra Cena em Lisboa, tendo também participado em festivais como o SONAR Lisboa, NOS Alive ou o Serralves em Festa.
Para além das performances ao vivo, recentemente expandiu o seu trabalho para a sonoplastia, com uma peça integrada na exposição temporária "25 de Abril Sempre!" (Museu do Aljube, até janeiro de 2025).
Uma curadora musical que fomenta a exploração de novos limites, sempre a pensar no dia de amanhã.